quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A oração me trasforma

Quantas vezes não nos perguntamos: será que seria necessário orar diferente, fazer uma campanha mais intensa?

Será que deveria chamar alguém para orar comigo? Ou ainda: será que Deus está me ouvindo, pois tenho a impressão de que nada acontece?
E esse texto de Michele Cushatt chegou as minhas mãos num momento em que todas essas questões a respeito da oração estavam aflorando em meu coração e por isso gostaria de compartilhá-lo com vocês:

“Apesar de minhas orações alcançarem Deus, sem levar em conta seu tamanho ou eloqüência (Mateus 7.7-12; Apocalipse 5.8), elas precisam ir além de simples conversas ou discursos de minha parte, para que sejam conexões a tantos que precisam.

Há algumas semanas, uma amiga perdeu a mãe. Uma mulher grávida que freqüenta meu grupo de estudo bíblico foi abandonada pelo marido. E na semana passada, o marido de outra amiga apontou uma arma para ela. Para estas necessidades, minhas orações parecem ser apenas comparáveis a uma situação onde a casa de meus vizinhos está em chamas e chego com uma garrafa de água para ajudar. Não dou o devido valor à necessidade por não responder ao real significado do problema.
Deus criou a intercessão primeiramente para que pudéssemos responder ao grande problema com uma solução suficiente. Por reconhecer que as chamas de nossa natureza pecadora nos consumiam, ele enviou Jesus, Deus encarnado. Cristo nos ofereceu uma conexão vital: uma de suas mãos estendida a nós e a outra segurando firmemente nossa salvação. Ele não nos deu uma garrafa de água: ele abriu os portais de rios de água viva. E sua intercessão por nós continua: “… Cristo Jesus que morreu, e mais; que ressuscitou e está a direita de Deus, e também intercede por nós” (Romanos 8.34).
Ainda assim, todos nós já sentimos muitas vezes que nossas orações foram em vão. Nosso ente querido faleceu, o conflito nunca foi resolvido, a enfermidade permaneceu. Clamei a Deus repetidamente para restaurar a saúde de minha amiga Kate que vive com câncer no pâncreas há quatro anos. Apesar de ter se sentido quase “normal” nos últimos meses, esta semana me telefonou para dizer que os médicos lhe contaram que seu oásis de saúde está secando. Enquanto chorava com ela, muitas questões internas surgiram: Será que preciso orar com mais força? Será que Deus está ouvindo? Qual o objetivo das minhas orações?
A tortuosa jornada da enfermidade era familiar para C.S. Lewis, já que sua esposa Joy sofreu com um câncer, conforme relatado no filme Terra das sombras, baseado na relação do casal. Em resposta a este casamento de alegria e dor, a personagem de Lewis comenta: “Oro porque não posso evitar: a necessidade flui em mim. Não muda Deus, mas me transforma”

Talvez o objetivo da oração seja mais um posicionamento do que uma petição. A oração me move, deixo de ser o centro para que Deus e os outros sejam o centro”
texto foi  tirado do site http://www.comunidaderochaviva.com.br/

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